quarta-feira, 19 de março de 2008

Corrupção (O esquema da Gautama)

Corrupção nas obras da Gautama, Hugo Marques, Isto É, nº 2000, 5/3/2008, exemplar de assinante.


Resumo:


No Brasil o número de casos de corrupção tem aparecido na mídia de forma assustadora, não que a corrupção seja um fator novo no país, mas agora existe um grande interesse em trazer a tona tais delitos, podemos mencionar o escândalo nas obras da Gautama, empreiteira de Zuleido Veras, descoberto na investigação deflagrada pela Polícia Federal do Brasil, denominada Operação Navalha, que aconteceu em cinco estados brasileiros.
O caso envolve o governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho, que segundo consta teria recebido R$ 150 mil do empreiteiro, também foi confirmada a participação no esquema de corrupção do governador do Maranhão, Jackson Lago e engloba o superfaturamento de obras, em torno de 416%, desviados de recursos públicos para pagar propinas e jogo de influências, além de contratação de mão-de-obra semi-escrava. Estão incluídos ainda na Operação Navalha os governadores dos estados do Sergipe, Piauí, Distrito Federal e o prefeito de Camaçari (BA), Luiz Carlos Caetano. O escândalo envolve os partidos do PMDB, PT, PDT e PSDB.




Análise crítica:



A matéria de Hugo Marques é imparcial, apresentando apenas os fatos investigados. O jornalista apresenta também um esquema gráfico, passo a passo, do escândalo da empreiteira Gautama para que o leitor tenha uma idéia clara de como a corrupção se deu, e quais os personagens envolvidos.
O jornalista não é tendencioso em favor de partido político e descreve a situação de forma clara, mas não crítica, já que neste caso o que importava para o editorial da revista era apenas apresentar os fatos que deram inicio a Operação Navalha. No texto o autor informa, sem divergências com outras matérias publicadas na época, que o tema tem vital importância para que a nação comece a compreender o sentido de corrupção, sendo que ele pode estar em qualquer setor da sociedade, até mesmo entre os cidadãos que não respeitam os direitos alheios e não cumprem seus deveres.
Ao tomar conhecimento de tanta falcatrua, corrupção e utilização do cargo em benefício próprio, somos compelidos a formar uma concepção errada do que é ser político, acreditamos não ser este o sinônimo de política, política é a arte de dirigir as relações entre os estados, mas, direcionado ao bem comum e não ao bem comumente praticado.