sábado, 3 de maio de 2008

Corrupção Psicológica

Matéria: Levo pelo menos quatro, Mino Pedrosa, Isto É, nº2005, 9/4/2008, exemplar de assinante.




Resumo:
Presidente da Assembléia Legislativa de Alagoas, deputado Antônio Albuquerque é acusado de chefiar uma quadrilha montada por parlamentares para apropriação de salários e gratificações destinadas a servidores e assessores daquela casa. O caso está sendo investigado pela polícia federal.
Com o escândalo Antônio Albuquerque foi expulso do DEM e declarou ao governador Teotônio Vilela, que iria sozinho, se mataria, mas antes iria se vingar, quatro pessoas estão em sua lista, inclusive o governador, que segundo ele, é responsável pela investigação e perseguição da Polícia Federal.
Os crimes políticos no estado de Alagoas sempre foram presentes e o governador Teotônio Vilela conhece a fama dos políticos do Estado, tanto que tem sido avisado das irregularidades que envolvem também políticos aliados, mas declarou que não pode impedir as investigações como paliativo para futuras desavenças políticas.


Análise crítica:
Mais uma vez estamos diante de um quadro típico de corrupção no país, isto é uma visão clara de que a corrupção no Brasil parece não ter fim. A matéria do jornalista Mino Pedrosa, nos mostra que até mesmo entre os parlamentares, companheiros de cadeira, sem distinção de qualquer partido, existe uma incoerência, cada um visa apenas o seu lado, só faz alguma coisa pelo colega quando há a possibilidade de vantagem própria, como deixa bem clara a matéria, “... já pensei até em suicídio. Mas, olhe, eu não vou sozinho. Levo comigo pelo menos quatro.” Além da corrupção encontramos aqui também a violência, pessoas que se sentem bem em mostrar sua força, mostrar que podem mais porque ameaçam mais, esta é outra forma de corrupção, poderia ser chamada de corrupção psicológica.