quarta-feira, 16 de abril de 2008

Utilização indevida de recursos públicos, Corrupção?


Matéria: No Governo não tem caos aéreo, Sérgio Pardellas, Isto É, nº 2001 ano 31, 12/03/2008, exemplar de assinante.



Resumo:
Segundo a Revista Isto É, o transporte aéreo favorito dos ministros e funcionários do alto escalão do governo federal, passou a ser as aeronaves da FAB – Força Aérea Brasileira; na matéria do jornalista Sérgio Pardellas, entre os meses de janeiro a dezembro de 2006 foram percorridos 1.351 trechos, entre idas e voltas, já em 2007 o primeiro escalão se valeu desta mordomia 1.618 vezes, enquanto a população brasileira amargava um caos aéreo, com filas intermináveis nos aeroportos e vôos cancelados a todo o momento
As aeronaves que estiveram disponíveis para as autoridades foram de seis tipos: Learjet, Learjet Vip, Brasília, Legacy, Embraer 145 e Xingu, esta prática é prevista no decreto lei de nº 4.244 de 22 de maio de 2002, que estabelece ordem de prioridade para utilização, primeiro segurança e emergência médica, segundo viagens a serviço e depois deslocamento para local de residência permanente, no entanto, planos de vôo mostram que ministros utilizaram o Learjet Vip no dia primeiro de janeiro com motivo de serviço, que é um dia de feriado nacional, além disso transportavam no mesmo vôo amigos e parentes, outros vôos ainda em datas comemorativas.



Análise crítica:
O jornalista, como sempre, indignado com os abusos realizados pelo governo federal, solta o verbo numa matéria tendenciosa, mas que relata os fatos como aconteceram. Fica aqui a dúvida se realmente foi cometida uma farra com os vôos realizados pelo alto escalão do governo ou se foi um abuso, já que ministros ou autoridades ligadas à Presidência da República, realmente não devem, pelo cargo que ocupam, ficar em filas e passar por constrangimentos que poderiam acontecer devido ao caos aéreo que acometeu a população brasileira, criando tumultos e muitos problemas para o país, não só para o governo, quanto para a sociedade civil e empresarial.
A matéria não é imparcial e tem cunho de crítica, acreditamos que a corrupção está na maleabilidade de se interpretar a lei ao seu bel prazer.
Caberá ao leitor analisar e tirar suas próprias conclusões.